quarta-feira, 5 de março de 2008

Entendendo o mundo. (?)


Conflito Colômbia x FARC, e o que o Equador e a Venezuela tem com isso.

Como começou.

Na década de sessenta, mais precisamente em 1964, estourou o conflito entre conservadores e socialistas.

Os americanos pressionaram o Exército Colombiano para eliminar um grupo rebelde, formado por pequenos proprietários rurais, influenciados pelo sucesso de Fidel Castro em Sierra Maestra. Resultado: os rebeldes reagiram e o pequeno sitiante Manuel Marulanda Vélez, apelidado Tirofijo, criou as o embrião da FARC-EP, que depois recebe auxilio do, há época, Partido Comunista da Colômbia.

As FARC

Resumindo.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia–Exército do Povo (em castelhano Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia–Ejército del Pueblo), conhecidas pelos acrônimos FARC ou FARC-EP, é uma organização de inspiração "comunista", que opera mediante uso de métodos de táticas terroristas.

Foi criada como aparato militar do Partido Comunista Colombiano, sendo considerada pelo governo da Colômbia, pelo governo dos Estados UnidosUnião Européia, entre outros, como uma organização terrorista e pela por suas ações não apenas contra o governo, mas também contra civis e infra-estruturas.

A cagada.

Cagada toda começou quando forças militares Colombianas iniciaram um incursão militar contra as FARC, na qual resultou na morte do segundo no comando das FARC-EP junto com mais dez guerrilheiros. Essa manobra militar culminou em um ataque na zona de fronteira entre Colômbia e Equador, e sim, houve violação da fronteira equatoriana.

Até este ponto é obvia as cagadas, qualquer tipo de invasão militar de um território soberano por outro é considerado ato de guerra, sem falar que esse tipo de ação atrapalha desenvolvimento econômico da América do sul como um bloco.

Mas a cagada maior consiste, no fato, se o governo Equatoriano identificou movimentação de tropas Colombianas, e com certeza sabia de um grande acampamento paramilitar terrorista em seu território e se manteve inerte. E pior no meio da crise, o governo da Colômbia acusou o presidente equatoriano de ter compromissos com as Farc e revelou documentos que mencionam o interesse de Quito de manter relações com a guerrilha.

"Os documentos levantam perguntas que merecem respostas concretas, que revelem à Colômbia e ao mundo qual é o estado da relação do governo equatoriano com um grupo terrorista como as Farc"
disse o general Oscar Naranjo.

E o que o Chavez tem com isso?

Recentemente Álvaro Uribe, declarou que foi o governo Venezuelano quem informou da presença de tropas das FARC em território Equatoriano.

Logo após a incursão colombiana em território equatoriano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou a saída de todos os funcionários da embaixada em Bogotá. "Por favor, chanceler (Nicolás) Maduro, feche a embaixada e mande que todos voltem", afirmou Chávez. Ele ordenou ainda ao ministro da Defesa, Gustavo Rangel, que enviasse "dez batalhões para a fronteira com a Colômbia".

"Não queremos guerra, mas não vamos permitir que o império (Estados Unidos) e nem o seu cachorro venham a nos atacar"
completou. Chávez criticou Álvaro Uribe, a quem acusou de "mentiroso, criminoso e mafioso", entre outras coisas, pelo que considera uma "flagrante violação da soberania do Equador".

Nota do autor: O que Marx diria se visse suas ideais sendo usado como mascara para terroristas e narcotraficantes?

Um comentário:

Anônimo disse...

Parece que hoje vivemos mais do que nunca em um mundo do faz-de-conta. Mesmo estando na era da informação, onde pessoas estão interconectadas com outras, onde o mundo nao deixa mais nada passar desapercebido, alguns ainda insistem que é possível contruir um mundo melhor por meio de armas, fome, miséria...
Mais incrível ainda, é que utilizam-se de ideais direcionados aos populares, que por sua vez, acreditam que pode haver mudança e melhoria da qualidade de vida, sem conseguir enxergar além, sem ver que tudo é uma tática de se chegar ao poder, manipulando a informação para que aqueles que têm o verdadeiro poder de escolher, e serem assim redimidos por um lider que honre com o apoio e confiança que foi depositado pelo seu povo.